29 de abril - DIA DE SANTA CATARINA DE SENA

Santa Catarina de Sena
1347-1380

VÍDEO DESTA APARIÇÃO:

JACAREÍ, 13 DE NOVEMBRO DE 2011
CAPELA DO SANTUÁRIO DAS APARIÇÕES DE JACAREÍ – SP – BRASIL
MENSAGEM DE SÃO JOSÉ E SANTA CATARINA DE SENA
(NOSSA SENHORA APARECEU, MAS NÃO DEU MENSAGEM)
BENÇÃO SOLENE DAS MEDALHAS DO AMANTÍSSIMO CORAÇÃO DE SÃO JOSÉ
COMUNICADAS AO VIDENTE MARCOS TADEU TEIXEIRA

MENSAGEM DE SANTA CATARINA DE SENA

“-Amados irmãos Meus! Eu CATARINA serva do Senhor, serva da Mãe de Deus venho mais uma vez abençoar-vos com todo Meu amor e todo Meu coração.

Vós Me conheceis por CATARINA DE SENA e Eu sou aquela que vem hoje dizer a cada um de vós:

DAI OS VOSSOS CORAÇÕES AO AMOR, PARA QUE O AMOR DÊ O SEU CORAÇÃO A VÓS.

Dai o vosso coração ao Amor que é o próprio Jesus, que é o Senhor Deus, para que Ele possa dar o Seu coração divino para vós, cumulando-vos sempre mais de graças, de bênçãos de forma que a vossa vida se transforme num grande e místico roseiral de amor, onde florescem as rosas de todas as virtudes, de todos os bons frutos de santidade. Para que assim o amor se alegre em vós, se alegre convosco, se rejubile e se congratule com a vossa alma.

Dai os vossos corações ao Amor, a Jesus, fazendo da vossa vida um perfeito hino de amor a Ele, vivendo todos os dias como Jesus viveu, amando como Ele amou e, sobretudo, cumprindo a vontade do Eterno Pai como Nosso Senhor cumpriu. Para que assim a vossa vida esteja cada vez mais escondida em Cristo e conformada a Cristo, seja uma cópia da Dele e então a verdade, o amor de Deus possa triunfar neste mundo de trevas e de pecado e o bem suplante o mal e assim a Santíssima Trindade tenha o Seu maior Triunfo.

Daí os vossos corações ao amor, a Jesus, fazendo da vossa vida um hino vibrante de amor, escondendo a vossa vida em Cristo, ou seja, renunciando cada vez mais ao mundo, às suas modas, aos seus ditames e às suas pompas e conformando sempre mais a vossa vida ao modo de proceder de Cristo e de Sua Mãe Santíssima. De modo que a vossa conversação esteja no Céu com os Santos e não com as criaturas, que o vosso coração esteja no Céu com o Senhor e não com as coisas deste mundo que são passageiras, e que o vosso amor seja todo de Cristo e não deste mundo que passa e do demônio que por trás das coisas deste mundo, das ilusões passageiras, dos prazeres deste mundo deseja vos enganar, deseja vos levar à perdição, a perderdes o amor de Jesus, o amor de Deus, a salvação.

Daí os vossos corações ao Amor, a Jesus, vivendo uma vida de profunda oração, de autêntica prática de todas as virtudes, do cumprimento da vontade de Deus a vosso respeito, cada um na vocação a qual o Senhor o chamou para que assim a vossa vida possa se transformar num testemunho luminoso da presença de Deus, do Seu amor, da Sua Graça, da Sua Lei, da verdade no meio deste mundo que nega a verdade do Senhor para substituí-la pelas trevas da mentira, do pecado e do mal. Assim, verdadeiramente as vossas vidas serão como a minha vida foi, um hino de amor eterno, perene que nunca cessa de proclamar as glórias e as maravilhas do Senhor.

Segui pelo caminho da oração, segui pelo caminho da penitência, segui pelo caminho das Mensagens que a Mãe de Deus vos deu aqui, pois este caminho é certo e seguro e vos conduzirá até o Céu, Eu Catarina estarei ao vosso lado todos os dias para vos ajudar, para vos amparar, para vos cobrir com o Meu Manto de modo a impedir que Satanás vos fira, que Satanás vos vença e para levar-vos em segurança pelo caminho da santidade que a Mãe de Deus abriu para vós aqui e ao qual vos chamou.

Eu CATARINA DE SENA, prometo a Minha especial proteção também a todos os que usarem a SANTA MEDALHA DA PAZ, a MEDALHA DA SENHORA DAS LÁGRIMAS e a MEDALHA DO CORAÇÃO DE SÃO JOSÉ, com todas as outras MEDALHAS que a Mãe de Deus vos deu em Suas APARIÇÕES. Essas Medalhas atraem os Santos do Céu para a alma que as usa, faz-nos derramar sobre a alma que as usa, grandes e copiosas bênçãos de Deus todos os dias. A alma que usa estas Medalhas pode estar certa da Nossa eterna companhia, presença e ajuda em todos os momentos da sua vida, quem usa esta Medalha tem para conosco os Santos, uma ligação toda especial e a esta alma nada negaremos do que nos pedir em Suas orações desde que não seja contrário à vontade de Deus. Às almas que usam as Medalhas da Mãe de Deus, que rezam o Rosário e as Orações que aqui Ela vos deu, que obedecem fielmente Suas Mensagens, Nós os Santos damos a Nossa proteção constante em todos os momentos da vida. E estas almas são nossas irmãs, nós as guardamos, nós as acompanhamos e nunca as deixamos sozinhas. Por isso Meus amados irmãos, usai com toda confiança estas MEDALHAS que a Mãe de Deus vos deu, os ESCAPULÁRIOS, e segui fiéis no caminho das MENSAGENS que Ela aqui vos deu e ao qual vos convidou até chegardes à plenitude da santidade no Céu.

A todos neste momento, Eu também abençôo com generosidade e amor.”

***
MARCOS TADEU: (trechos do Comentário) São José veio com a surpresa de vir com Nossa Senhora e com Santa Catarina de Sena. Hoje Nossa Senhora não deu Mensagem, perguntei a Ela se daria a Mensagem Ela disse que não, que o único pedido que Ela tinha para nos fazer é o seguinte, que a CRUZADA DO ROSÁRIO, que é só nos domingos seja estendida por todos os dias da semana.

O que não quer dizer que você vai ter que rezar todos os dias da semana no mesmo horário pode rezar um dia na semana, o Rosário Meditado na intenção da Cruzada do Rosário no horário escolhido por você, então quem quiser fazer no domingo pode e quem quiser fazer mais de um dia na semana poderá também.

Informe seu nome, cidade e horário para inserirmos na lista.
Intenção da Cruzada do Rosário: Pelo Triunfo do Imaculado Coração de Nossa Senhora no Brasil e na América Latina.


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RELICÁRIO COM A CABEÇA MUMIFICADA DE SANTA CATARINA DE SENA

“Três atitudes fundamentais” – Sta. Catarina de Sena.

Trechos d'O Diálogo para meditação; que a heróica Catarina penitente, Catarina Virgem, Catarina Mística, Catarina Doutora da Igreja, seja em nosso favor. Santa Catarina, rogai por nós!] 

24.5 – Três atitudes fundamentais 

Desejo de ti três atitudes, a fim de não impedires o aperfeiçoamento a que te chamo e para que o demônio, sob a aparência de virtude, não instile em teu coração a semente da presunção, que poderia levar-te àqueles falsos julgamentos, que te desaconselhei (24.3). Pensando estar na verdade, errarias. Às vezes, o demônio até faz conhecer exatamente a realidade, mas para conduzir depois ao erro. A intenção do maligno é transformar-te em juiz dos pensamentos e intenções dos outros. Mas o julgamento, como disse (24.3), só a mim pertence. 

24.5.1 – Não corrigir o próximo 


A primeira coisa que te peço, é que retenhas tua opinião e não julgues os outros imprudentemente. Eis como deves agir: Se eu não te manifestar expressamente, não digo uma ou duas vezes, mas diversas vezes, o defeito de uma pessoa, jamais deves fazer referências sobre tal coisa diretamente à pessoa, que julgas possui-lo. Quanto aos que te visitam, corrigirás os defeitos genericamente, mediante conselhos sobre as virtudes, e isso com amor e bondade. Em caso de necessidade, usarás de firmeza, mas com mansidão. No caso de que eu te revele por diversas vezes os defeitos alheios, mas não tiveres certeza de que é uma revelação expressa, não fales diretamente sobre o caso. A fim de evitar a ilusão do demônio, segue o caminho mais seguro. O diabo pode enganar-te sob aparência de caridade, fazendo-te condenar os outros em assuntos não verdadeiros, com escândalo mesmo. Nesses casos, esteja na tua boca o silêncio. 

Ao perceberes defeitos nos outros, reconhece-os primeiro em ti com muita humildade. No caso de existir realmente o pecado em alguém, mais facilmente ele corrigir-se-á se for compreendido bondosamente. A correção que não ofende, obrigá-lo-á a emendar-se. Aquela pessoa confirmará quanto querias dizer e tu mesma te sentirás mais segura, impedindo a intervenção do demônio, o qual não conseguirá enganar-te, prejudicando teu aperfeiçoamento. Convence-te de que não deves acreditar em opiniões. Ao escutá-las, atira-as para trás, nas costas; não as leves em consideração. Procura ir examinando apenas tua própria pessoa e minha bondade, tão generosa. Esta é a atitude de quem alcançou o último grau da perfeição e que, como já disse (20.2), sempre retorna ao vale do autoconhecimento. Atitude que, no entanto, não lhe impede o elevado estado de união comigo. 

Esta é a primeira coisa que deves praticar, a fim de me servires na verdade. 

24.5.2 – Não julgar o interior do homem 

Passo a falar da segunda atitude. 

Quando estiveres orando diante de mim por alguém e acontecer de perceberes a luz da graça numa pessoa e em outra não, parecendo-te que esta última está envolta em trevas, não deves concluir que a segunda se acha em pecado mortal. Teu julgamento seria muitas vezes errado. 

Outras vezes, ao pedires por uma mesma pessoa, de uma feita a verás luminosa e tua alma sentir-se-á fortalecida naquele amor de caridade pelo qual o homem participa do bem do outro; numa outra vez, o espírito daquela pessoa parecerá distante de mim, como que em trevas e pecado, fato que tornará penosa tua oração em seu favor, ao quereres conservá-la diante de mim. 

Este último fato pode acontecer, às vezes, devido à presença de pecados naquele por quem oras; mas na maioria dos casos será por outras razões. Fui eu, Deus eterno, que me afastei da pessoa. Conforme expliquei ao tratar dos estados da alma (18.1.2), retiro-me das almas a fim de que elas progridam no meu amor. Embora a alma continue em estado de graça, ausento-me quanto às consolações e deixo o espírito na aridez, tristonho e vazio. Quando alguém ora por tal pessoa, constumo transmitir-lhe esses mesmos sentimentos. Quero que ambos, unidos, se entreajudem no afastamento da nuvem que pesa sobre aquela alma. 

Como vês, filha querida, seria iníquo e digno de repreensão, se alguém julgasse que a alma está em pecado mortal somente porque a fiz ver envolta em dificuldades, privada de consolações espirituais que possuía antes. Tu e meus servidores deveis esforçar-vos por conhecer-vos melhor, bem como, por conhecer-me. Quanto a julgamentos semelhantes, deixai-os para mim. A mim, o que me pertence; vós, sede compassivos e desejosos de minha glória e da salvação dos outros homens. Manifestai as virtudes e repreendei os vícios, tanto em vós como nos outros, segundo a maneira como indiquei acima (24.5.1). Desse modo chegareis até mim, após entender e viver a mensagem do meu Filho, a qual consiste na preocupação consigo mesmo, não com os demais. É assim que deveis agir, se pretendeis praticar a virtude desinteressadamente e perseverar na última e perfeitíssima iluminação (24.3), repleta de desejo santo, isto é, de zelo pela minha glória e pela salvação do próximo. 

24.5.3 – Respeitar a espiritualidade alheia 

Após discorrer sobre as duas primeiras atitudes, ocupo-me da terceira. Quero que prestes muita atenção, a fim de que o demônio e tua fraca inteligência não te façam obrigar outras pessoas a viver como tu vives. Tal ensinamento seria contrário à mensagem do meu Filho. 

Ao ver que a maioria das almas segue pela estrada da mortificação, alguém poderia querer orientar todos os outros a seguirem pelo mesmo caminho. Ao notar que uma pessoa não concorda, aquele conselheiro se entristece, fica intimamente contrariado, convencido de que o fulano age mal. 

Grande engano! Na realidade está mais certo quem pareceria andar errado, fazendo menos penitência. Pelo menos será mais virtuoso, sem grandes macerações, do que aquele que o fica a criticar. Já te disse (2.9) que devem ser humildes aqueles que se mortificam. Considerem as penitências como meros instrumentos, não como a meta. Normalmente, as murmurações prejudicam o aperfeiçoamento no amor. Quem se penitencia, não seja mau, não ponha sua santidade unicamente no macerar o corpo. O aperfeiçoamento encontra-se na eliminação da vontade própria. A atitude desejável para todos é que submetam a má vontade pessoal à minha vontade, tão amorosa. É isso o que eu desejo. É esse o ensinamento do meu Filho. Quem o seguir estará na verdade. 

Não desprezo a penitência. Ela é útil para reprimir o corpo, quando ele se opõe ao espírito. Mas, filha querida, não a deves impor como norma. Nem todos os corpos são iguais, nem todos possuem a mesma resistência física. Um é mais forte que o outro. Como afirmei (2.9), muitas vezes motivos fortuitos aconselham a interrupção de alguma mortificação iniciada. Ora, seria falsa tal afirmação, se a penitência fosse algo de essencial para ti ou para outra pessoa. Se a perfeição estivesse na mortificação, ao deixá-la, julgaríeis estar sem minha presença, cairíeis no tédio, na tristeza, na amargura e na confusão. Deixaríeis o exercício da oração, realizando ao mortificar-vos. Interrompida assim, com tantos inconvenientes, a mortificação nem seria mais agradável ao ser retomada. 

Eis o que aconteceria, se a essência da perfeição consistisse na mortificação exterior e não no amor pela virtude. Grande é o mal causado pela mentalidade, que põe na penitência o fundamento da vida espiritual. Tal mentalidade deixa a pessoa sem compreensão para com os outros, murmuradora, desanimada e cheia de angústias. Além disso, todo vosso esforço para honrar-me se basearia em ações finitas, ao passo que exijo de vós um amor infinito. É indispensavel que considereis como elemento básico de vosso aperfeiçoamento a eliminação da vontade própria; submetendo-a a mim, fareis um ato de desejo agradável, inflamado, infinito para minha honra e para a salvação dos homens. Será um ato de desejo santo, que em nada se escandaliza, que em tudo se alegra, qualquer seja a situação que eu permita para vosso proveito. 

Não se comportam desse modo os infelizes que seguem por estradas diferentes daquela, reta e suave, ensinada por meu Filho. Comportam-se de outro jeito: julgam os acontecimentos de acordo com a própria cegueira e com o errado ponto de vista; caminham como loucos sem tirar proveito dos bens terrenos nem gozar dos celestes. Como afirmei antes (14.11), já possuem a garantia do inferno. 

24.5.4 – Resumo das três atitudes anteriores 

Essa é a resposta às tuas perguntas, filha querida, sobre a maneira de corrigir o próximo sem ser enganada pelo demônio e sem conformar-te ao teu fraco modo de pensar. Disse (24.5.1) que deves corrigir o próximo genericamente, sem descer aos casos pessoais. A não ser que eu te revele expressamente a situação de pecado; mas assim mesmo, com muita humildade. 

Disse também (24.5.2), e torno a repetir, que jamais deves julgar o próximo, em geral ou em particular, pronunciando-te sobre o estado da sua alma, seja para o bem como para o mal. Expliquei o motivo: o julgamento pessoal é sempre enganador. Tu e os outros servidores meus, deixai para mim todo o julgamento. 

Enfim, expus a doutrina relativa ao fundamento verdadeiro da perfeição (24.5.3), o qual deves ensinar a quem te procurar desejoso de abandonar o pecado e praticar a virtude, o autoconhecimento e o conhecimento do meu ser. Ensinarás a tais pessoas, que destruam a vontade própria, que jamais se revoltem contra mim, que considerem a penitência como um meio, não como finalidade principal. Afirmei ainda que não deves aconselhar a mortificação em grau igual para todos, mas de acordo com a capacidade de cada um, em seu estado de vida. A uns pedirás pouco, a outros mais, segundo a capacidade corporal. 

Pelo fato de dizer-te que só deves corrigir genericamente, não pretendo afirmar que jamais hás de corrigir pessoalmente. Serás até obrigada a fazê-lo. Quando alguém se obstina em não emendar-se, podes recorrer a duas ou três pessoas (Mt 18, 16); e se isso for inútil, apresenta o caso à jerarquia da santa Igreja. Ensinei que não deves corrigir tomando como norma teu modo pessoal de ver, teu sentimento interior; baseando-te nele, não podes mudar de opinião sobre as pessoas. Sem prova evidente ou revelação expressa, não repreendas ninguém. Tal modo de agir é o mais seguro para ti, pois ele evita que o demônio te engane com aparências de amor fraterno. 

Santa Catarina de Sena, “O Diálogo” 
Cap. 28. 
Paulus, 9ª edição, São Paulo, 2005 
pp. 214-219 

O INFERNO SEGUNDO SANTA CATARINA DE SIENA

Santa Catarina de Siena 

“... Filha, tua linguagem é incapaz de descrever os sofrimentos destes infelizes..., no inferno os pecadores padecem quatro tormentos principais. Primeiro tormento é a ausência da minha visão. Um sofrimento tão grande que os condenados, se fosse possível, prefeririam sofrer o fogo vendo-me, que ficar fora dele sem me ver. 

Segundo tormento, como conseqüência, é o remorso que corrói interiormente o pecador privado de mim longe da conversação dos anjos, a conviver com os demônios. Aliás, a visão do diabo constitui o terceiro tormento. Ao vê-lo, duplica-se o sofrer... Os infelizes danados vêem crescer seus padecimentos ao verem os demônios. Nestes, eles se conhecem melhor, entendendo que por própria culpa mereceram o castigo. 

Assim o remorso os martiriza e jamais cessará o ardor da consciência. Muito grande é este tormento porque o diabo é visto no próprio ser; tão horrível é sua fealdade, que a mente humana não consegue imaginar... Segundo a Justiça Divina ele é visto mais ou menos horrível pelos condenados, segundo a gravidade das suas culpas. O quarto tormento é o fogo. Um fogo que arde sem consumir, sem destruir o ser humano. É algo imaterial, que não destrói a alma incorpórea. Na minha Justiça, permito que tal fogo queime, faça padecer, aflija; mas não destrua. É ardente e fere de modo crudelíssimo em muitas maneiras. A uns mais, a outros menos, segundo a gravidade dos pecados” (Santa Catarina de Siena, O Diálogo, 14.3.2). 



JESUS PEREGRINO APARECE PARA SANTA CATARINA DE SENA

JESUS COLOCA UM ANEL NO DEDO DE SUA ESPOSA
29 de abril
Santa Catarina de Sena

Catarina era apenas uma irmã leiga da Ordem Terceira Dominicana. Mesmo analfabeta, talvez tenha sido a figura feminina mais impressionante do cristianismo do segundo milênio. Nasceu em 25 de março de 1347, em Sena, na Itália. Seus pais eram muito pobres e ela era uma dos vinte e cinco filhos do casal. Fica fácil imaginar a infância conturbada que Catarina teve. Além de não poder estudar, cresceu franzina, fraca e viveu sempre doente. Mas, mesmo que não fosse assim tão debilitada, certamente a sua missão apostólica a teria fragilizado. Carregava no corpo os estigmas da Paixão de Cristo. 

Desejando seguir o caminho da perfeição, aos sete anos de idade consagrou sua virgindade a Deus. Tinha visões durante as orações contemplativas e fazia rigorosas penitências, mesmo contra a oposição familiar. Aos quinze anos, Catarina ingressou na Ordem Terceira de São Domingos. Durante as orações contemplativas, envolvia-se em êxtase, de tal forma que só esse fato possibilitou que convertesse centenas de almas durante a juventude. Já adulta e atuante, começou por ditar cartas ao povo, orientando suas atitudes, convocando para a caridade, o entendimento e a paz. Foi então que enfrentou a primeira dificuldade que muitos achariam impossível de ser vencida: o cisma católico. 

Dois papas disputavam o trono de Pedro, dividindo a Igreja e fazendo sofrer a população católica em todo o mundo. Ela viajou por toda a Itália e outros países, ditou cartas a reis, príncipes e governantes católicos, cardeais e bispos, e conseguiu que o papa legítimo, Urbano VI, retomasse sua posição e voltasse para Roma. Fazia setenta anos que o papado estava em Avignon e não em Roma, e a Cúria sofria influências francesas. 

Outra dificuldade, intransponível para muitos, que enfrentou serenamente e com firmeza, foi a peste, que matou pelo menos um terço da população européia. Ela tanto lutou pelos doentes, tantos curou com as próprias mãos e orações, que converteu mais algumas centenas de pagãos. Suas atitudes não deixaram de causar perplexidade em seus contemporâneos. Estava à frente, muitos séculos, dos padrões de sua época, quando a participação da mulher na Igreja era quase nula ou inexistente. 

Em meio a tudo isso, deixou obras literárias ditadas e editadas de alto valor histórico, místico e religioso, como o livro "Diálogo sobre a Divina Providência", lido, estudado e respeitado até hoje. Catarina de Sena morreu no dia 29 de abril de 1380, após sofrer um derrame aos trinta e três anos de idade. Sua cabeça está em Sena, onde se mantém sua casa, e seu corpo está em Roma, na Igreja de Santa Maria Sopra Minerva. Foi declarada "doutora da Igreja" pelo papa Paulo VI em 1970.

DESENHO ANIMADO - SANTA CATARINA DE SENA E A PAIXÃO